Experiencias Exitosas








Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem
INTRODUÇÃO
Quando visualizei um projeto de eco pedagogia para ensinar Artes Visuais e Permacultura a alunos de ensino fundamental, coloquei ali todas as minhas expectativas de educar através da beleza, da estética e da liberdade. Visualizei mais que isso: imaginei um espaço que além de se criar, viver sustentabilidade e apreciar a natureza, visualizei um espaço onde todos os elementos que ali se interagiam, os alunos, os educadores, os ajudantes, os insetos, as flores e as águas vivenciavam um universo de cuidado, de harmonia e paz.
O projeto PERMACULTURANDO COM ARTE COM ALUNOS INTEGRANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL II, propiciou aos alunos do 6º B do Colégio Estadual Profª Josefa Barbosa Valente do Município de Posse/Go, esta vivência fundamentada nos três principais pilares da Permacultura: o Cuidado com o Planeta, o Cuidado com as Pessoas e a Partilha do Excedente.
Neste ambiente criado especificamente para disseminar essa cultura de paz, difusão da Permacultura e produção de Artes Visuais, os alunos experimentaram um pouco dessa viagem. Uma viagem ao interior de si mesmo onde cada um colocou de si algum conhecimento que já possuía agregado ao conhecimento que ali foram resgatar.
1.OS OBJETIVOS
O projeto objetivou ressaltar o respeito, a preservação ao meio ambiente e a divulgação da Arte e cultura regional. Buscou sensibilizar o aluno de sua importância para o seu meio; fazer com que o aluno compreendesse as paisagens naturais, reeducando o seu olhar e partindo deste ponto fossem capazes de intervir no meio ambiente revertendo à cultura do descartável; desenvolvendo o seu senso da cidadania, serem melhores conscientes de sua participação sócios ambientais
2.ATIVIDADES TEÓRICO PRÁTICAS
A primeira etapa realizou-se um trabalho de campo, onde os alunos fizeram trilha para identificação dos padrões da natureza e das interfaces ali existentes para elaboração de leituras desses padrões e a partir dali realizaram obras de arte de acordo com a interpretação de cada um.
A segunda etapa consistiu na realização da oficina para execução de obras de artes de acordo com a releitura de cada aluno.
Sendo a vivência conduzida da seguinte forma:
-Leitura da Carta da Eco pedagogia: Através de um breve resumo, os alunos se inteiraram da importância de se preservar o meio ambiente e de sabermos conduzir nossas ações para cuidar e conviver melhor neste organismo vivo que é nossa Mãe Terra e desenvolver uma melhor consciência de cidadão planetário que somos. Vivendo com ela em harmonia e com todos.
- Observação atenta da paisagem: os alunos fizeram uma trilha de 300 metros para observação atenta da arquitetura espontânea. Uma forma de arquitetura da terra, onde as construções são elaboradas com materiais do local de forma que sua edificação não prejudica o ambiente local. A construção é edificada com as pedras do morro da Ferradura que circunda o sítio.
- Visitação da Floresta nativa, da mata ciliar que circunda o Rio Águas Quentes e observação do horizonte para entendimento das interfaces e dos padrões que a natureza oferece para a partir dali os alunos elaborarem artes visuais, resultantes da leitura desses padrões.
-Elaboração de esculturas, desenho, pintura e colagem, com aplicação dos saberes referente à linguagem das artes visuais; estudo e debate dos temas apresentados relacionando-as com suas próprias produções; a ação de ver, olhar e observar o ambiente, as árvores, a natureza, as águas, o céu, as aves e a flora. Conversar, expor ideias e opiniões, interferir no local; verificar as estruturas, a características compositivas de visualidade presentes no ambiente reproduzindo-as a sua própria maneira; fazer um percurso (trilha) de apenas 300 metros para interação do trabalho do sítio conhecendo a importância da Permacultura para o meio ambiente.
3.ENCONTRO PRESENCIAL E EXPOSIÇÃO DO PROJETO
O encontro de alunos e tutores aconteceu para exposição dos trabalhos do PIEA2 no polo de nossa cidade de Posse/Go. A presença de o nosso tutor a distância Gregório Soares, veio enriquecer o nosso evento. Ao apresentar os nossos projetos pudemos ter acesso ao feedback realizado por ele para apontamentos de possíveis falhas ou até mesmo possíveis pontos fortes. Apresentamos nossas ideias e nossas realizações e apreciamos os projetos dos nossos colegas.
4. EXPOSIÇÃO NA ESCOLA
Após elaboração das artes visuais pelos alunos, suas produções foram expostas na sala da coordenação do Colégio Profª Josefa Barbosa Valente, onde os alunos tiveram acesso a suas criações.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que a Permacultura é uma importante temática a ser discutida e implantada nas escolas compondo uma teia dos Temas Transversais. Sendo uma filosofia de vida holística que explora o conhecimento através dos padrões e das paisagens que a natureza oferece contribuindo na formação de um planeta digno e mais sustentável para todos os seus habitantes e gerações futuras, acredita-se na transversalidade de suas ações para contribuição na formação de alunos em artes visuais.
De forma que estas crianças adquiram a capacidade de desenvolver diversas habilidades para adaptação ao meio e à sociedade. Que já formulem questionamentos acerca dos acontecimentos sociais vinculando seu aprendizado na escola à sua vida prática. Assimilando os noticiários que a mídia apresenta, adquirindo noções do que acontece no mundo se inteirando da importância do seu papel na sociedade e da responsabilidade que lhe é imposta para cuidar destas questões.
Os resultados alcançados visionados no enunciado nos objetivos do presente projeto certamente vislumbram um facho de luz no processo de ensino/aprendizagem em artes visuais, contribuindo na formação da consciência ambiental, num melhor exercício na difusão da cidadania e das diversas formas de realização do saber artístico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais, ética. 1997.146p. Disponível em:
<https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf > acesso em 17.10.2014
HEMENWAY, D & C; tradução Cássio P. Octaviani. Uma introdução à Permacultura Sparr, Florida, Estados Unidos: Editor & Publisher, 2001.
HEMENWAY, D & C; tradução Cássio P. Octaviani. Fazendo Projetos de Permacultura. Sparr. Florida, Estados Unidos: Editor & Publisher, 2001.
HOLMGREN, D. Os fundamentos da Permacultura.Um resumo dos conceitos e princípios apresentados no livro Principios e Caminhos da Permacultura além da sustentabilidade. Holmgren Design Services.2007. Victoria. Australia. Tradução de Alexander Van Parys Piergili e Armantino Ramos de Freitas. Disponível em:
<https://www.fca.unesp.br/Home/Extensao/GrupoTimbo/permaculturaFundamentos.pdf>acesso em 20.10.2014
JACINTHO, C.R.S.;ROCHA, E.J..L.;POUBEL, R.O.;MESQUITA FILHO,I.J.D. Permacultura: Curso de Design. Textos de referência. IPOEMA: Instituto de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente. Brasilia, 2006.
MARCONDES, Martha. A. S. (org.); PLATT, A. D.... [et.al.] -Temas Transversais e Currículo- Brasília: Liber Livro Editora, 2008.
SMITH-SHANK,D.L. The semiotics of. Community celebrations. Visual Arts Research,v.28,n.2,p.57-63, 2003.Tradução:Gisele Dionisio a Silva.
VIEIRA, Itamar. A Linguagem dos Padrões. Revista Permacultura Brasil, edição #16. Disponível em< https://www.setelombas.com.br/2006/03/a-linguagem-dos-padroes/ >acesso em 18.10.2014.
Orientações para Elaboração de Projetos Culturais. Disponível em
<https://www.mav.ufba.br/boletim/2/manual_projetos.pdf> acesso em 01.09.2014




Inclusão, um trabalho coletivo
Em 13 de Janeiro de 2010 numa cesariana Clarice Borges teve Trigêmeos: Gabriel, Júlia e Guilherme. Tudo certo até começar a perceber que o Gabriel não desenvolvia como os outros. Tudo era mais tarde, o sentar, o andar e o falar.
Começaram, ela e esposo, a buscar profissionais para um diagnostico do que estaria acontecendo com um de seus filhos, até escutar de um pediatra que o problema é que queriam filhos iguais. Não era o caso, pensaram em ajudar o filho a desenvolver como os irmãos, pois o desenvolvimento estava dentro do esperado para a idade. Mas o Gabriel passava o tempo sem nenhum avanço.
Já com dois anos, depois de algumas matérias na net e reportagens no fantástico viram que seu filho poderia ser um Autista. Tudo que ele fazia era viver em um mundo onde parecia não ligar para mais ninguém, empilhava as latas vazias de leite todas com os rótulos na mesma direção, os carrinhos eram colocados por cores e tamanhos. O perfeito impecável. Só não deixava ninguém mexer e quando queria alguma coisa os levava pela mão e apontava, sem nada dizer.
Com três anos e após vários exames para descartar surdez e outros problemas receberam o diagnostico de Autismo-Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Faltou lhes o chão, pois se tratava de algo desconhecido e sem cura. Foram instruídos a mudar de cidade, uma vez que a Associação AMA que cuida de crianças autistas só existe em grandes cidades como Goiânia e Salvador.
Como poderiam mudar suas vidas tendo emprego fixo e outros dois filhos para criar! A Ama passou a ser um sonho quase impossível, procuraram a APAE e conseguiu a matrícula do seu filho.
Fonte: a autora
Inclusão: um trabalho coletivo
Começando algumas terapias com o Gabriel na APAE passou se um ano, foi quando o Pai Eduardo recebeu um panfleto de duas mães desesperadas, mas sonhando em criar uma associação em sua cidade. Viram uma chance de dar ao seu filho um tratamento para que o mesmo pudesse ter uma vida no mínimo digna.
Na primeira reunião se conheceram e vira o quanto em sua sociedade tinham famílias passando pela mesma dor e buscando o mesmo objetivo.
Em 03 de Fevereiro 2016 realizou-se a eleição da diretoria da AMALEM-Associação dos Amigos dos Autistas de Luís Eduardo Magalhães e Clarice foi escolhida como Conselheira Consultiva O objetivo da associação foi dar um suporte aos autistas e seus familiares em sua cidade, já que o número era expressivo de crianças precisando ser atendidas. Outros pontos importantes da associação era trabalhar na disseminação de informações sobre o que é o autismo e na conscientização da população sobre a importância da inclusão escolar e inclusão social dessas crianças.
Fonte: a autora
Esforços somados para objetivos grandiosos
Em julho de 2016 fundaram sua AMALEM- Associação de Amigos do Autista de Luís Eduardo Magalhães.
Os atendimentos foram começando com voluntárias como no Eco terapia uma vez na semana, depois veio a Terapeuta Ocupacional, que em uma sala alugada pagavam o atendimento, logo depois iniciaram com a Fonoaudióloga.
Muitos casos de autistas começaram a aparecer, famílias, escolas e até igrejas lhes procuravam para relatar casos parecidos com o de seu filho.
Mas como rege o estatuto, a criança pode ser matriculada, mas para ser atendida na AMALEM deve ter o laudo de autismo.
Há famílias que não tem condições nem sequer de ter laudo. Sendo assim fazem uma triagem em traços autísticos por uma equipe multiprofissional e os encaminham com a ajuda da associação para um profissional que possa dar o diagnostico.
Mesmo passando por um momento de luto, porque se sentem assim, segundo Clarice, assim no diagnostico devem ser conscientes que quanto mais cedo o diagnostico e a intervenção mais chances têm de ver seus anjos azuis ter uma vida relativamente social.
Hoje com dois anos de criação têm uma sede alugada, atendimentos individuais para 42 crianças e fila de espera. Os atendimentos são de Ecoterapia, Fonoaudiologia, Sala de Recurso, Terapeuta Ocupacional, Psicopedagoga, Fisioterapeuta, Voluntaria com aula de teclado.
Seu filho tem desenvolvido bem, com grau leve. Ele lê, escreve e fala. Graças ao sonho que parecia fora de alcance, hoje está mais próximo de uma grande realização.
Trabalham muito em eventos vendendo salgados, doces, bebidas e almoço para ajudarem nas despesas. Recebem várias doações de pessoas que querem contribuir com sua associação e lhes ajudar no propósito.
Arteterapia para desenvolvimento das habilidades
Unindo conceitos de arte e psicologia, a chamada "arteterapia" é uma das linhas terapêuticas que podem ser aplicadas para auxiliar no processo de aperfeiçoamento das habilidades de quem tem o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Por meio do uso de recursos como desenho, pintura, cerâmica, escultura, fotografia ou vídeos, a arteterapia pode contribuir para humanizar os cuidados e pode ser um facilitador para que o autista possa expressar o que sente, pensa e a maneira com a qual percebe o mundo ao seu redor. Este modelo de assistência pode ser uma alternativa em complemento à tratamentos considerados tradicionais direcionados ao TEA.
Parafraseando Leonardo da Vinci, talvez possa aplicar neste contexto de traduzir o valor que a arte representa como instrumento de desenvolvimento de habilidades em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): "A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível".
A AMALEM busca implementação de seus recursos para a introdução da arteterapia em seus atendimentos.
REFERENCIA:
https://neuroconecta.com.br/desenvolvendo-habilidades-com-arteterapia/



AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos consistiu no seu envolvimento e participação ativa no processo de elaboração e apresentação dos trabalhos.
REFERENCIAL TEÓRICO
A Ione foi buscar como referencia para o seu projeto o chinês Huang Qingjin, que utilizava de um modelo irreverente e ousado de penetrar na esfera particular das pessoas e convencê-las a tornar público suas intimidades, seus pertences e suas particularidades através da fotografia e registro realizados por ele.
A EXPOSIÇÃO DA IONE
Em encontro entre colegas professores, a colega Ione, muito emocionada contou-nos a história do seu projeto, desde a sua idealização, passando pela experiência teórico- prática, e os resultados finais de seu projeto. Pudemos perceber o seu tom emocionado e o seu envolvimento com o proposto. É essa a mola propulsora que nos envolve e nos torna conscientes da missão que estamos abraçando ao optar por um curso de Licenciatura em Artes Visuais. É bem típico da Arte, essa magia que nos aproxima do universo do aprendizado, enquanto alunos e enquanto futuro arte/educadores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A colega Ione conseguiu através do seu projeto "Fotografia: No resgate dos Valares Familiares através das Artes Visuais" a promover de fato este levantamento da história de seu alunado, conferido a eles uma oportunidade única de estar a par da evolução de sua historia de vida, trazendo a eles uma reflexão aprofundada e até então fazendo com que repensassem e mudassem conceitos que mantinham a respeito de si e de seus colegas.
E até mesmo ver as Artes visuais com mais alegria, pois a fotografia enquanto uma linguagem artística, tem a gama mais amplamente capacitada para conferir à disciplina de Artes, uma melhor compreensão da beleza, da estética e até mesmo da utilidade.
Entendo que a Ione foi feliz na sua proposta de fazer compreender as Artes Visuais enquanto disciplina de base utilizando-se da fotografia para levantar conceitos e valorizando cada um dos seus alunos enquanto pessoa.
REFERENCIAS: https://bdm.unb.br/handle/10483/15191
O Projeto do outro
INTRODUÇÃO
A proposta do presente trabalho é discorrer a respeito do projeto da Colega discente Ione Rodrigues de Macedo. O projeto resgata os valores familiares dos seus alunos através da fotografia, uma linguagem representativa das artes visuais.
Em A FOTOGRAFIA NO RESGATE DOS VALORES FAMILIARES ATRAVÉS DAS ARTES VISUAIS, a Ione busca incentivar o aluno a construir e preservar sua historia de família e sua historia no seu contexto social, através do registro fotográfico. A Ione pretendeu neste projeto levar o aluno a refletir através dos registros e da observação, buscando entender as conexões existentes entre o seu cotidiano escolar e a sua vivência em família encontrando as respostas necessárias e a compreensão do porque de determinando comportamento do mesmo.
JUSTIFICATIVA
A Ione entende que através da fotografia, a simbologia da família do aluno se evidencia e que a fotografia é capaz de traçar um paralelo entre o histórico do aluno e sua evolução até os dias atuais, levando o referido aluno a Identificar valores, compreender comportamentos e conhecer a sua genealogia.
OBJETIVO
A Ione objetiva, através do presente projeto, traçar um intercâmbio entre aluno-escola-família. Incentiva o aluno a desenvolver seu senso estético e crítico utilizando-se do envolvimento com o processo fotográfico, desde a idealização de fotografar, passando pelo processo prático, o fotografar em si, a seleção e customização das fotos até a exposição e apresentação para seus colegas e professores. E também público de modo geral, pois além de estarem expostas à visitação, ainda farão parte do seu acervo pessoal dando continuidade à sua história de vida.
METODOLOGIA
A experiência da colega Ione, consistiu em trabalhar com alunos do 7º A da Escola Estadual Dr. João Teixeira Jr, deste município de Posse/Go.
Fonte: https://bdm.unb.br/handle/10483/15191
Através de textos entregues aos alunos contando a historia da fotografia, a colega Ione promoveu um caloroso debate onde os alunos puderam ter acesso a mais conhecimentos e à medida que os questionamentos surgiam, novos conceitos iam se desenvolvendo para o aprendizado dos mesmos.
Para abrilhantar ainda mais o seu projeto, a Ione requisitou um palestrante, o fotógrafo renomado, Elder Lúis, com atividade em Posse/Go. Através da palestra e dos aparelhos que o profissional apresentou aos alunos, eles compreenderam melhor o quanto é importante a fotografia e suas linguagens enquanto utilidade e enquanto arte.
Em etapa posterior, os alunos resgataram de seu acervo familiar, fotografias antigas, bem como registrou o cotidiano atual de sua residência e de seus familiares, e a programação seguiu com os alunos apresentando seus trabalhos e contando aos colegas a história de sua família.
A oficina elaborando molduras de isopor, conferindo aos alunos uma didática de pessoalmente colocar ali suas impressões enquanto artistas.
enquanto pessoa.
REFERENCIAS: https://bdm.unb.br/handle/10483/15191
